“Chuli” fala sobre o Efeito da Comida

janeiro 18, 2024 0 Por admin

Sou médium clarividente, muitos espíritos dão mensagens por intermédio de minha mediunidade, mas tenho um em particular, o seu nome é “Chuli”.

Em uma luta pela liberdade, em um país, tinha muitos homens que ocupavam as celas dos condenados à morte e que não eram todos criminosos brutais.

Alexandre era um jovem refinado e sensível que, sabendo que restavam apenas poucas semanas de vida, voltou-se totalmente para a religião “Amor Entre os Povos” à procura de conforto.

O capelão do presídio fazia a visita regularmente, inclusive para Alexandre, para dar assistência espiritual em seus últimos dias. O capelão encontrava Alexandre sempre paciente e alegre, receptivo as verdades maravilhosas que vinha aprendendo com o monge Vilmar que também fazia visitas regularmente para ensiná-lo sobre o “Amor Entre os Povos”.

Alexandre aprendeu com o Monge Vilmar, que não deveria se entregar ao desespero e quando sentisse fraqueza, que pegasse o “Magistralem Speculum” e colocasse a sua mão esquerda, por cinco minutos, pedindo somente limpeza espiritual e material.

Assim ele fez e por este motivo é que sempre estava alegre e paciente,  aprendendo com o Monge Vilmar que nada poderia mudar a pena de morte, então, era ter paciência.

Foi assim que Alexandre conseguiu ter paciência, de tanto praticar o exercício do “Magistralem Speculum” e o Recanto.

O monge Vilmar, Alexandre e o capelão conversavam muito sobre tudo, mas era notório que o capelão estava muito interessado em conhecer o “Magistralem Speculum” e o Recanto.

Um dia, o Monge Vilmar após as visitas a todos os condenados, que sempre deixava Alexandre por último para ensinar-lhe mais sobre o “Amor Entre os Povos”, ao sair encontrou com o capelão do presídio e notou que estava num estado de espírito muito diferente, cansado, ansioso e infeliz, que perguntou a ele o que o perturbava e o capelão respondeu:

– Nestes últimos três dias, estou sendo assombrado por horríveis pensamentos. Mais que pensamentos, são imagens muito vividas… De algo tão terrível que não sei como chegaram a mim. No entanto, não posso me livrar delas. Não consigo dormir direito porque essas cenas horrorosas atormentam-me como pesadelos e, mesmo agora, enquanto estou lhe contando, posso ver a cena toda, concretamente diante dos meus olhos.

Sua aflição era terrível e quando o Monge Vilmar quis saber mais, e o capelão continuou.

 – O senhor sabe Monge Vilmar, como eu amava minha querida mãe, como ela me era querida. Contudo, vejo-me entrando no pátio de uma pequena casa de tijolos, que não é a casa de minha mãe, porém, ela está sentada em um dos quartos que dá para o pátio, escovando os cabelos. Monge Vilmar, vejo-me precipitando sobre ela, segurando-a pelos cabelos e arrastando a minha mãe para o pátio, e enfiando-lhe uma grande faca várias vezes. Ela está gritando e lutando, há sangue por toda parte e eu continuo a apunhalá-la continuamente.

O capelão terminou a sua história soluçando e escondeu o rosto, tremendo. O Monge não disse nada, apenas colocou a mão no ombro dele em solidariedade silenciosa durante um momento. Quando o capelão ficou mais calmo, o Monge perguntou-lhe como se fosse para mudar de assunto:

– O que você comeu nesses últimos dias?

– Eu me alimento aqui mesmo no presídio, só como o que eles dão – a comida normal. Mas talvez eles tenham trocado de cozinheiro, agora a comida parece um pouco mais gostosa que antes.

Quando o Monge Vilmar deixou o capelão foi direto ao guarda do presídio para conversar um pouco com ele, perguntando-lhe:

– Quem cozinha para os prisioneiros?

O guarda sorrindo falou:

– Escolhemos um dos prisioneiros para fazê-lo. Sabe, esta semana arranjamos um verdadeiro cozinheiro, um profissional, que está aqui porque matou a mãe.

E contou, com detalhes, como o sangrento assassinato tinha sido cometido. Era exatamente como o capelão tinha visto com os olhos de sua mente.

Monge Vilmar retornando, foi atrás do capelão e o encontrou sentado junto de Alexandre e este estava ensinando-o como usar o “Magistralem Speculum” e o Recanto, e as visões que vinham por intermédio da comida não perturbou mais o capelão.

Alexandre, depois de alguns dias, foi executado, mas o seu último desejo foi dar o “Magistralem Speculum” ao capelão e este nunca mais o deixou, até os últimos instantes de sua vida e desencarnou sorrindo, porque quem conhece e prática do “Amor em Entre os Povos” são pessoas felizes.

Mestre Espiritualista Florêncio Antonio Lopes

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